quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CARREIRAS EM MÍDIAS SOCIAIS, ISSO EXISTE? PARTE 2

O desafio está posto
Prof Grisi-leitor do Blog- propôs importante questão: “A propósito, quero por um pouco de lenha na fogueira que você acendeu. Veja só: seria correto entregar para uma agência um único briefing, ou deveríamos fazer dois? Um exclusivamente para mídia on line e, outro para mídia off line. Gostaria de ver sua argumentação sobre isso na próxima postagem. Acho que essa idéia é boa para colocarmos à discussão, logo no início da aula do curso "Comunicação, mercado e TI".

Vou tentar responder baseado nas teses do livro “MÍDIAS e NEGÓCIOS”:
Houve um período em que se falava em COMUNICAÇÃO INTEGRADA, uma única mensagem em várias mídias. Isso era interessante e possível, pois essas plataformas a serem integradas são caracterizadas pela unidirecionalidade. Plataformas como TV, rádio, revista, jornal e outdoor têm como receptor final uma audiência passiva.
Era uma relação hierárquica: o veículo era a voz, a audiência era o ouvido.

Agora há um elemento estranho, um ruído no processo emissor-receptor : A comunicação BIDIRECIONAL.
Estes papéis são dúbios e o sistema muda para emissor-receptor <-> receptor-emissor.
Quem inicia a comunicação com uma empresa/marca nas REDES SOCIAIS é a antiga audiência (o antigo receptor). E muitas vezes inicia com uma reclamação. Esse emissor faz reverberar na rede suas (in) satisfações e desejos com relação a marca (#fail).
O #FAIL é um poderoso instrumento para arregimentar detratores as marcas.
Por isso quando marcas e empresas pretendem entrar nas REDES SOCIAIS (e elas estão sendo empurradas a isso) devem entender que são primariamente ações defensivas e que devem ser pouco intrusivas.
O sonho de uma marca é entrar numa rede de detratores e convertê-los em advogados. Isso não acontece usando técnicas de mercado convencionais. Exige um enorme esforço e trabalho em trazer benefícios REAIS e TANGÍVEIS aos usuários.
As técnicas para realizar isso são dispersas e pouco replicáveis. As empresas ainda experimentam caminhos.
Portanto respondendo a pergunta do Prof. Grisi é preciso pensar o ON LINE e o OFF LINE de forma distinta. Provavelmente a agência que recebeu o briefing do OFF LINE ainda não sabe resolver o problema no ON LINE (embora nunca irá reconhecer isso).
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios

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